E a gente tem duvidas. A dúvida não mata mas mói. São dúvidas parvas, mas
tem de ser ponderadas. Não se trata de um par de sapatos, trata-se de dois
corações, duas almas, dois corpos, e a regra é não machucar. Não é possível,
sempre existe algum arranhão, mas quando a vontade é muita nem dói. Só chora de
arranhão coraçãozinho, não coração de guerra.
Eu defendo com unhas e dentes a teoria de: “ O não é sempre garantido,
tudo o resto é bónus”, mas na prática não é bem assim. Tudo vai do hábito, e eu
habituei-me mal, muito mal. Habituei-me a esta rotina, ao deixa andar, aos
amigos e a família, e nada mais. E agora quando todo o meu corpo pede mais, eu não
sou capaz. Julgo o coração por ele bater de forma diferente, condeno o cérebro pelas
suas imaginações férteis, as pernas paralisam e os braços não as desrespeitam,
por muito que eu queira correr, algo me diz para eu continuar sentada.
Eu não tenho medo de arranhões, de grandes feridas, de meses de coma.
Graças a deus o meu coração é enorme, e não falta espaço para cicatrizes. Meu
medo de avançar não é medo, é preguiça. Não
se acostumem minha gente, não se acostumem. Acreditem, mesmo que não valha a
pena, vale a lição.
Que tudo seja amor meus anjos !
Sem comentários:
Enviar um comentário